quarta-feira, 6 de julho de 2011

E HÁ QUEM CHAME A ISTO DE AMOR - RED CHESTNUT


Tenho duas amigas que são, na verdade, mãe e filha. Moram juntas, dividem as contas e as responsabilidades do dia-a-dia, mas, apesar do avançado da idade, Silvia, a mãe, ainda espera Carla acordada toda a vez que esta resolve sair a noite.
Se perguntada porque, ela simplesmente diz que não consegue não se preocupar...
... com a segurança da filha, com o bem estar da filha, com o estado emocional da filha, com a vida da filha.





Esta, por sua vez, que dos quarenta já passou há anos, se sente uma prisioneira com serviço de cárcere cinco estrelas. Ganha café na cama, vários telefonemas por dia, e a esta altura do campeonato, já não precisa nem mesmo de agenda. A mãe, sempre muito preocupada e solícita, nunca esquece de lembrá-la  dos compromissos, sem nunca deixar faltar, é claro, um parecer pessoal sobre o evento.
  • Filha, não esqueça que hoje é aniversário da Martinha. Mas pense bem se você realmente vai querer ir na festa. Aquele lugar é tão longe e não tenho certeza de ser um lugar seguro.
O tipo Red Chestnut negativo é o legítimo altruísta do amor ao próximo e abnegados em suas intenções, porém, seus pensamentos exarcebadamente carregados de medos e projeções negativas, acabam sendo um arma apontada para o alvo de seu amor.



Sem querer, acabam atraindo as situações ruins na medida da materialização incansável da cena de perigo. Sem falar, é claro, que como o objeto de cuidado, amor e atenção, sempre são o outro, invariavelmente são pessoas que estão perdendo suas próprias oportunidades de crescimento e evolução. Vivem a vida do outro como se fosse a sua, e o laço simbiótico é a grande energia vital destas personalidades.
Não raro, quando o paciente é tratado com este floral, tem-se que tratar também seu alvo de atenção, pois, este se sentirá, com certeza, sem uma parte. Ao menos por um tempo, até que redescubra, também, sua identidade individual. 
Não podemos confundir preocupação com amor, controle com amor, medo com amor.
Amor é um sentimento naturalmente livre. E como tal, não pode estar vinculado a nenhum outro sentimento menos célebre.



Alçar vôo solo dá medo sim, frio na barriga e requer atitude. Porém, quando temos ao nosso lado alguém para nos empurrar, nos estimular e nos encorajar, o resultado acertado se apresenta muito mais palpável do que em situações de agouro ou medo extremo.
Qualquer tipo de simbiose é negativa. Tanto para quem puxa quanto para quem doa a energia.
Nossa unidade é essencial, pois somente assim conseguiremos fazer parte do Universo como Uno que somos.
S.O

Um comentário:

  1. Boa tarde! Minha mãe é assim e não aguento mais. Mas ela não quer tomar o floral, se eu mesmo tomar o mesmo eu consigo acabar com esse laço simbiótico? Eu me sinto muito desvitalizado também.

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