Freud, Foucault,e Morin apresentam abordagens distintas sobre a compreensão do ser humano de forma mais ampla e sofisticada. Onde o erro e o imponderável são fundamentais.
Sigmund Freud propôs estudar o homem naquilo que ele próprio desconhece: seu universo psíquico, seu inconsciente. Quebrou princípios do positivismo da época e caminhou para muito além da pesquisa tradicional estabelecendo diálogos coma antropologia, a mitologia, a filosofia. Estabeleceu como objeto de estudo as inquietações e angústias, o mundo mental vivo e dinâmico: a experiência humana fundamentada nas relações com a cultura e o ambiente construindo subjetividades.
O filósofo francês Michel Foucault acreditava ser desnecessário empregar o termo ciência para referir-se as ciências humanas, pois estas estarão sempre ligadas aos referenciais filosóficos. E, justamente neste contexto, considerando o homem como agente envolvido em fatores históricos, culturais e subjetivos é que surge a necessidade de tantas ciências que permitem avaliar a projetar inúmeras perspectivas.
Edgar Morin abre portas para uma revolução no modo de olhar e pensar nestes fenômenos questionando o fechamento ideológico e as ciências tradicionais. O conhecimento depende do contexto, da globalidade, da multidimensionalidade e é essencialmente biológico, psíquico social e afetivo. Segundo Morin "o retorno ao começo é precisamente o que nos afastado começo, pois nunca se volta ao ponto inicial" , transformando a experiência do ser humano não em um círculo vicioso,mas em uma espiral ascendente.
Para Morin nada está absolutamente pronto se está vivo. No processo transformador cabe o reconhecimento da falha . Para haver aprendizagem não é possível excluir o erro: " O único reconhecimento válido é o da incerteza". Com idéias originais Edgar Morin tem sido fonte de inspiração para novas propostas área de educação, como estímulo para uma profunda reforma na área da aprendizagem.
Fonte:
EranePaladino,
Mestre em psicologia clínica na
Universidade de São Paulo - USP
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