EM BUSCA DO FEMININO PERDIDO - Wild Rose

Não raro, na literatura, encontramos aquela personagem diferente, normalmente no papel de tia velha ou mãe viúva, sem vida, apática, um tanto rabugenta e sem voz para nada. Sua cor normalmente é definida como ¨sem cor¨, e seus gestos são comparados ao gestual felino; silenciosa, escorregadia, sem presença. São pessoas que estão vivendo afastadas do amor Universal, estão desconectadas com a essência de vida do Uno, e portanto, estão sem vida, sem luz. Feito espectros, vão vivendo suas vidas de uma maneira um tanto autômata, sem vivenciar grandes alegrias, mas também, sem chegar perto das tragédias do dia a dia.

É como se para estes corpos faltasse sangue, e para estas almas, luz. São criaturas que se encontram afastadas daquilo que nos mantém vivos, o amor.

As pessoas em estado Wild Rose negativo, normalmente encontram-se assim devido a períodos de mudanças mal resolvidos, como as transições das fases etárias; puberdade, adolescência e climatério, ou passagens difíceis, decisivas e que não foram trabalhadas, bem resolvidas. A viúva que deixou a vida ser enterrada no caixão do marido, a mãe que perdeu o filho e junto, a vontade de viver, a executiva poderosa que deixou contra a vontade o último emprego. São muitos exemplos femininos, e não é a toa. Este floral mexe com o feminino, mesmo que no masculino. Este floral faz referencia aquele quinhão da mulher dentro de cada ser humano. A alegria de viver, o riso solto, a capacidade de perdão e elaboração que é peculiar ao lado feminino do ser.

E sim, para que haja o equilíbrio, é preciso ter estados negativos e positivos, sóis e chuvas, dias e noites, mas mais que qualquer outra pendulação, é necessário ter o masculino e o feminino pulsando dentro de nós. O masculino vai nos trazer a força. Mas a graça, a luz, o ritmo, vem desta essência linda da vida que diz respeito ao amor universal, e que sem o toque feminino de ser, definitivamente, nada é.


S.O